Já pensou sua clínica ou consultório sob o prisma das metodologias ágeis?

Metodologias ágeis são formas de gerenciar projetos e processos que se baseiam em princípios como: valorizar as pessoas e as interações mais do que as ferramentas e os documentos; entregar produtos ou serviços funcionais e de valor para o cliente com frequência; adaptar-se às mudanças e às necessidades do cliente em vez de seguir um plano rígido; e buscar a melhoria contínua através de feedbacks e aprendizados.

Esses princípios podem ser aplicados em diversos contextos, inclusive na área da saúde, onde há uma grande demanda por inovação. A metodologia lean healthcare é uma das formas de implementar os princípios ágeis na gestão dos serviços de saúde. Ela se inspira na filosofia lean, que surgiu na indústria automobilística japonesa e que busca eliminar desperdícios, otimizar recursos e maximizar o valor para o cliente.

A metodologia lean healthcare visa melhorar o fluxo de valor dos processos de saúde, desde a entrada do paciente até a sua saída, passando por todas as etapas de diagnóstico, tratamento e acompanhamento. Para isso, ela utiliza ferramentas como: mapeamento do fluxo de valor, que consiste em identificar todas as atividades envolvidas em um processo e avaliar quais agregam valor e quais geram desperdício; kaizen, que significa melhoria contínua e que envolve a participação de todos os colaboradores na busca por soluções para os problemas identificados; e 5S, que é uma técnica para organizar o ambiente de trabalho em cinco passos: seiri (selecionar), seiton (ordenar), seiso (limpar), seiketsu (padronizar) e shitsuke (manter).

Algumas dicas de como aplicar a metodologia lean healthcare em clínicas e consultórios são:

  • Definir o valor para o paciente: entender quais são as necessidades e as expectativas dos pacientes em relação aos serviços de saúde e buscar atendê-las da melhor forma possível.
  • Mapear o fluxo de valor: analisar todos os processos envolvidos na prestação dos serviços de saúde e identificar quais são os gargalos, as redundâncias, as falhas e os desperdícios que afetam a qualidade e a eficiência dos mesmos.
  • Eliminar ou reduzir os desperdícios: eliminar ou minimizar as atividades que não agregam valor para o paciente ou que geram custos desnecessários, como esperas, retrabalhos, erros, estoques excessivos etc.
  • Otimizar o fluxo: implementar medidas para tornar os processos mais rápidos, fluidos e integrados, como padronizar procedimentos, reduzir lotes, sincronizar etapas etc.
  • Implementar o controle visual: utilizar recursos visuais para facilitar a comunicação, a organização e a gestão dos processos, como quadros, cartazes, etiquetas etc.
  • Envolver as pessoas: estimular a participação ativa de todos os colaboradores na melhoria dos processos, incentivando a comunicação, a colaboração, a criatividade e a autonomia.
  • Buscar a melhoria contínua: monitorar os resultados dos processos e coletar feedbacks dos pacientes e dos colaboradores para identificar oportunidades de melhoria e implementar soluções.