Muitos ainda entendem as redes sociais como espaços infinitos e imunes ao caos. Não são. Sou um dinossauro do marketing digital e fui pioneiro nessa “especialidade” nos tempos do Orkut, e tenho alertado sobre essa característica e suas implicações no marketing há muito, porém os alertas costumavam ser encarados como justificativa para evitar uma carga maior de trabalho na produção publicitária. Consequências de ser da “turma que faz flyer”. Hoje vemos a premonição se concretizar, e deram até um nome legal: “slow content“, rotulando de tendência o que na verdade é alicerce.
As redes sociais são, obviamente, ferramentas poderosas para as empresas que querem se comunicar com seu público, criar uma comunidade em torno da marca para engajá-lo com seus valores, produtos e serviços. No entanto, minha call to action no momento é para o resgate do profissionalismo no marketing com a consolidação dos meios digitais. Para aproveitar todo o potencial desses canais, é preciso alicerçar qualquer ação nos preceitos do marketing, adotar uma estratégia bem definida e alinhada com os objetivos do negócio. Planejamento visando a coerência e investimento em distribuição de mídia. Quem se lembra dos 4P’s que aprendemos no primário com o tio Kotler?
Uma das principais dicas, portanto, para usar as redes sociais como meio publicitário de forma eficiente é tratá-las com serenidade e calma. Isso significa ter objetividade e parcimônia, e mais importante: qualidade nas publicações. Embasamento na ciência do marketing. Não adianta praticar flooding nas redes se o seu conteúdo se assemelha a spam, ou seja, é desinteressante ou inútil para o seu público. Melhor o vazio do que um recheio de linguiça duvidoso.
Segunda dica importante: investir na distribuição do conteúdo produzido, com gestão de tráfego e mídia programática. Criar uma peça publicitária digna de Cannes e deixá-la guardada no porão não vai funcionar. As bigtechs jamais distribuirão seu conteúdo de maneira satisfatória se você não investir em tráfego, e publicar a todo momento não vai convencê-las do contrário. Não desperdice um bom trabalho publicitário.
E se você é médico e gosta de postar vinho e prato de comida pra aumentar seguidores, cogite abrir um restaurante (tô de brinks… talvez).
Então, se você anda desanimado com redes sociais para fomentar negócios…
Não se deixe levar pela ansiedade de ter muitos seguidores ou acompanhar todas as tendências. O que realmente importa é a qualidade e não a quantidade dos seus fãs. Ter um público fiel e engajado com seus valores, produtos e serviços é muito mais vantajoso do que ter um público grande e disperso. Além disso, a maioria das tendências são artificiais, criadas com base em besteirol e geralmente são inadequadas para qualquer objetivo de brand equity do seu negócio ou de informação para o seu público. Só servem para gerar stress nos meandres da produção publicitária e ruído para o público. Ou seja, seguir tendências apenas por seguir, sem analisar se ela está de acordo com a sua proposta de valor, com o seu tom de voz e com os interesses da sua audiência é desperdício de recurso. Não tenha medo de não seguir uma tendência.
Segundo um estudo da MarketingSherpa, 95% dos adultos entre 18 e 34 anos seguem marcas nas redes sociais. Isso mostra que as pessoas querem se relacionar com as empresas que admiram, conhecem ou consomem. Por isso, é importante criar um vínculo com os seguidores, oferecendo conteúdos que agreguem valor, informem o público e posicionem a marca. Mas o ideal é que essas iniciativas sejam executadas como elementos integrados às campanhas ou ciclos, sem menosprezar outros meios.
Também é importante estar atento ao feedback dos usuários, respondendo às dúvidas, comentários e reclamações de forma regular e cordial. As redes sociais são canais de comunicação bidirecionais, ou seja, permitem uma troca entre a empresa e o cliente. Interação em rede social é atendimento, e abre caminho para fidelização e credibilidade.
Por fim, é essencial monitorar os resultados das suas ações nas redes sociais. Para isso, você pode usar as ferramentas de análise, os data analytics, disponíveis nas próprias plataformas ou em aplicativos externos. Assim, você pode medir o alcance, o engajamento, o tráfego, e até mesmo as conversões se houver estrutura disponível, além de outros indicadores que mostram se você está atingindo os seus objetivos ou se precisa ajustar a sua estratégia.
E você, já conhece a Agência Clini.cc, a agência do CliniMap?
